domingo, 10 de julho de 2016
terça-feira, 14 de junho de 2016
Marrentinha Charmosa
Marrentinha Charmosa
PDF 659
PDF 659
Imagem: https://www.google.com.br/search?q=menina+marrenta&biw=1093&bih=521&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi-qu-soqfNAhXKH5AKHRauBsQQ_AUIBigB#imgrc=btLYR4KRB6cyoM%3A
Ela mora em uma capital, e tudo indica que saiu de uma nova Floresta, localizada em outro estado. Mas ela afirma que é de Assú, cidade localizada no pescoço do elefante. E talvez seja genético o seu comportamento, comporta-se como aquelas pessoas classificadas como carne de pescoço. Logo, se um elefante incomoda muita gente, a carne de pescoço de um elefante, tenta e tende a incomodar muito mais.
E na tal cidade em que mora solta faísca para todos os lados. Faz parte de uma rede antissocial na internet. O Código Penal é seu livro de cabeceira, e o Vade Mecum seu travesseiro. Não dá o cordial bom dia na rede social, já entra on line dando porrada. Nem adianta perguntar como ela prefere o café pela manhã, ela prefere que não façam perguntas, logo quando acorda.
Ela parece ser detetive, investigadora, ou até legista. O que nos entusiasma a ser também. Instigando a investigar o fato, ainda sem BO. Descobrir as pistas deixadas pela marrentinha do facebook.
Ela parece ser detetive, investigadora, ou até legista. O que nos entusiasma a ser também. Instigando a investigar o fato, ainda sem BO. Descobrir as pistas deixadas pela marrentinha do facebook.
Mas há controversas, fatos que levaram a uma investigação, em busca de provas. E ao investigar sua linha do tempo, descobrimos um brinde, a cerveja em um copo e o vinho em uma taça, com unhas pintadas. Não há sinais de onicofagia, nem ataques de onça. Pratos vazios e retratos com flores, destacados na parede. A janela aberta, deixa em destaque uma luz do dia, indicando não ser um jantar. O serviço americano, indica ser uma refeição rápida.
A marrentinha com suas antipatias de graça, não passam de cenas de charme e de graça.
Arquive-se o processo, até que surjam outras provas, com novas linhas de investigação.
Entre Natal/RN e Parnamirim/RN, 14/06/16
Roberto Cardoso (Maracajá)
Arquive-se o processo, até que surjam outras provas, com novas linhas de investigação.
Entre Natal/RN e Parnamirim/RN, 14/06/16
Roberto Cardoso (Maracajá)
sexta-feira, 13 de maio de 2016
Roberto Cardoso (Maracajá) em/ Roberto Cardoso (Maracajá) in
Roberto
Cardoso (Maracajá) em/ Roberto Cardoso (Maracajá) in
Roberto
Cardoso (Maracajá) em
Roberto Cardoso (Maracajá) in
Roberto
Cardoso (Maracajá) em “Jornal Metropolitano”
Roberto Cardoso (Maracajá) in “Jornal Metropolitano”
Textos
publicados no Jornal Metropolitano. Parnamirim/RN.
Roberto
Cardoso (Maracajá) em “O Mossoroense”
Roberto Cardoso (Maracajá) in “O Mossoroense”
Textos
publicados no jornal O Mossoroense. Mossoró/RN.
Roberto
Cardoso (Maracajá) em “Kukukaya”
Roberto Cardoso (Maracajá) in “Kukukaya”
Textos
publicados na Revista Kukukaya. Revista Virtual.
Roberto
Cardoso (Maracajá) em “Jornal de Hoje”
Roberto Cardoso (Maracajá) in “Jornal de Hoje”
Textos
publicados no Jornal de Hoje. Natal/RN
Roberto
Cardoso (Maracajá) em Informática em Revista
Roberto Cardoso (Maracajá) in Informática em Revista
Textos
publicados em Informática em Revista. Natal/RN
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Cardoso (Maracajá) em Publikador
Roberto Cardoso (Maracajá) in Publikador
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publicados em Publikador
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domingo, 8 de maio de 2016
Entre cabernets e sauvignons
Entre
cabernets e sauvignons
Palavras, Polyana, polissílabos.
Pretérito, passado, presente.
Psicologia, pedagogia, psicopedagogia.
PDF 640
As uvas não produzem somente
sucos e vinhos. Produzem informações, pensamentos e conhecimentos. Possuem um
significado oculto de conhecimento e sabedoria. Tal como uma pedagogia. Participam
de um uso, e constituem uma sabedoria, desde os tempos antigos aos tempos de patrística,
um período do pensamento cristão. Hoje o vinho continua presente nas festas e
nas mesas, talvez por outros objetivos. Símbolo de diversão e confraternização.
Símbolo de um conhecimento dos que participam de uma mesa. Mas existe um
sentido cultural e arqueológico. Construções ocultas, diluídas em líquidos.
A religião elegeu o pão e o
vinho como símbolos cristãos, representantes do corpo e do sangue de Cristo. Os
enólogos com seus conhecimentos de viticulturas e vinícolas, usam do pão para o
intervalo de uma degustação, entre um vinho e outro. Usam do pão para dessensibilizar
as suas papilas. Os enófilos amantes dos vinhos, também fazem o uso do pão,
puro ou com outros alimentos, como o histórico queijo, com suas origens e suas
histórias, distantes no tempo. Outros símbolos líquidos são o azeite e o
vinagre, como temperos e ingredientes. Todos desde a muito tempo presentes na história.
O pensamento holístico foi
mais além, captando o conhecimento heurístico. Usou do conhecimento da ciência,
mas o conhecimento empírico e entérico. A ciência identificou no sangue os glóbulos vermelhos
e brancos. E os vinhos são produzidos a partir das uvas, que são pequenos glóbulos
com cores, variando do vermelho intenso ao verde, as denominadas como de brancas.
Durantes séculos povos adotaram o vinho como ingrediente básico de uma cultura e
de uma alimentação. E a ciência por sua vez, buscou elementos científicos para
provar o quanto o vinho faz bem. Para o sangue, a circulação e o coração. A
rota da trajetória dos glóbulos vermelhos e brancos. Os caminhos das uvas pelo
corpo.
Patrística,
Patrícia, pedagogia.
Pão,
prosa, poema, poesia.Palavras, Polyana, polissílabos.
Pretérito, passado, presente.
Psicologia, pedagogia, psicopedagogia.
sexta-feira, 11 de março de 2016
A Bruxa de Jucurutu
A
Bruxa de Jucurutu
PDF 592
Consta nas anotações de Pedro
Velho, a história de uma bruxa que morava lá para as bandas de Jucururu. Morava
em uma casa de pedra bem pertinho do Rio Piranhas, onde se avistava ao longe a
pedra do Navio. Ela andava pelas florestas, carregando um saco cheio de
jucurutus, criava alguns janduís, e tinha um caicó.
E com sua vassoura cutucava as
rochas e os terrenos; revirando pedras enormes transformando em metralhas e
entulhos. E esta é a razão de hoje as terras do Seridó, parecer um campo de
metralhas, por tantas pedras quebradas e espalhadas pelos campos. Fato
observado em beiras de estradas. Ela procurava talco e bauxita. E com tanto
talco encontrado, já estava ficando muito pálida, que era a forçada usar roupas
escuras. Não queria ser confundida com um fantasma, ela era uma bruxa.
Com o cabo da vassoura ela
cutucava as rochas e as pedras, e com o lado da piaçava ela varria os minerais
que apareciam, transformados em pó. A matéria prima para fazer o pó de pirimpimpim.
E de tanto cutucar pedras e rochas, e ainda no final do dia, viajar voando em
uma vassoura, já estava ficando com dor nas costas, colecionando lordoses e
escolioses. Um médico lhe disse, que se não parasse, e não se cuidasse, ia em
breve adquirir uma esculhambose. Mas com tantos minerais circulando em sua
volta, teve uma ideia, construir uma cadeira, que além de andar pelas ruas,
poderia voar.
E assim começou a história da ponte
aérea, de Natal para Jucurutu, com uma única passageira, em cadeira reservada e
exclusiva. Fazia escala em Parnamirim e São Gonçalo do Amarante, locais onde
tinham pistas e torres de controle, controlando o espaço aéreo. Conhecia algumas
bruxas no caminho, como a Bruxa de Emaús, que tem um carro amarelo, ainda estacionado
no posto do DUDU. A Barreira do Inferno fica de prontidão, com misseis
preparados, caso elas em excesso, interfiram ou atrapalhem o movimento no
espaço aéreo.
Outras e muitas histórias,
existem sobre a bruxa de Jucurutu, mas ainda faltam provas. Dizem que ela transportava
e contrabandeava o pó de pirimpimpim. Abastecendo outras bruxas, que hoje moram
em lagoas, na Região Metropolitana de Natal.
Viaja exercendo alguns papeis
bem diferentes, de passageira, de comissária e de aviadora. Tem até uns óculos
com modelo de piloto. Hoje ela ainda participa e frequenta uma confraria de
bruxas, em algum lugar secreto em Natal. Dizem ser um lugar muito perigoso, praticamente
impossível de achar e difícil de entrar. Está cercado e vigiado com catitas e
daluzinhas.
Muitos dizem que não creem, em
bruxas, mas juram que elas existem. E não é que já foram vistas muitas bruxas reunidas,
bebendo agua no tororó da lagoa nova. Inclusive tem gente, com jeito de
professor, que vai sempre ao tororó encher uma garrafa com água. Depois fica
nos eventos, tomando aos goles.
segunda-feira, 7 de março de 2016
A gaúcha que perdeu os butiás no Catete
A
gaúcha que perdeu os butiás no Catete
PDF
589
Vá e venha pela Penha. Vá e
venha pela Penha. A guria depois de horas e horas, sentada em um ônibus
interestadual, dormindo e acordando; dormindo e acordando .... Chegou de lomba
na rodoviária carioca. Desembarcou na Rodoviária Novo Rio com uma música
repetitiva e constante em sua cabeça, que começou na rodoviária de embarque,
prolongando-se pelas escalas ao longo da BR: Vá e venha pela Penha; vá e venha
pela Penha; vá e venha pela Penha.
A menina saiu da baia, meio de
canto. Largou a querência. Embarcara no velho Eliziário em Porto Alegre, com paradas
técnicas e estratégicas em Florianópolis, Curitiba e São Paulo, fora as
escangalhadas pelo caminho. Decorou todas as placas da BR 116, iria construir uma
história, no estilo: notas, relatos, ou anotações de uma viagem. Da Rota 66
para a BR 116.
Durante a viagem aproveitou as
guloseimas servidas a bordo, em uma caixinha de papelão, com a letra de uma
música impressa na tampa: Vá e venha pela Penha; vá e venha pela Penha. A
caixinha continha um guardanapo e um palito, mais as tais guloseimas, como
balas, bombons e chocolates Neugebauer. Nadica de Gramado ou de Canela. Entre
as guloseimas oferecidas a bordo, deliciava-se com os butiás que trouxera em uma
bruaca, jogando os caroços pela janela, como quem tivesse a intenção de deixar
uma trilha dos rumos tomados. Alguém
poderia seguir seus caminhos, talvez algum cambicho de CTG. E até quem sabe a thurma
do Beira Rio, ou a comitiva Farroupilha, vestida a caráter, montada a cavalo
com uma bandeira em punho seguindo na frente da comitiva. No bornal trazia um
saquinho com alguns butiás, uma bomba e uma cuia de chimarrão. E ainda tinha
uma fieira de bergamota em uma sacola. A erva vinha em uma mala, precavida por talvez,
não encontrar a erva em alguma bodega ou um bolicho, da Cidade Maravilhosa.
E ao descer a serra das
Araras, o Rio de Janeiro, já era terra à vista. Começou a avistar as pandorgas,
no céu da Baixada. Restando alguns butiás guardou-os no bolso. O cheiro das
bergamotas descascadas, pairavam no ar, dentro do ônibus. Depois de horas
sentada, espremida contra a janela, pela delicadeza de seu enorme companheiro
de viagem, o Rei Momo, meio que de revesgueio, quando lhe contou como era o
carnaval carioca. O que mais queria ao desembarcar, era estar em volta de uma
fogueira, com uma chaleira fervente e um giro de chimarrão, entre os que
estariam mateando em volta da fogueira. Na estrada só tomou tererê.
Desembarcou na rodoviária e se
viu perdida, com os recavém doloridos. Todos os ônibus urbanos cariocas, estavam
pintados com uma cor praticamente igual, só se diferenciavam por uma pequena
faixa colorida. Apostou na sorte e na intuição, e foi parar no Catete, por sorte
não foi para o Irajá, para Caxias ou Jacarepaguá. Quando viu a igreja no Largo
do Machado, pensou, é aqui que eu apeio. Rodou a praça inteira caminhando, depois
saiu campeando e observando tudo despacito. Resolveu então subir pela rua das
Laranjeiras, e antes que chegasse ao topo do Corcovado, fez meia volta no Largo
do Boticário. E de volta ao Largo do Machado, lembrou-se dos butiás guardados
no bolso. Perdi os meus butiás que estavam no bolso, pensou entre calafrios. Bah,
e agora? Oncotô? Proncovõ? Montou no porco. Procurou um CTG, mas não encontrou.
Neste ponto já tinha chegado a
praia e avistado a Pedra de Itapuca, que o povo de Niterói diz ser um cagalhão
de gigante. Sem saber do nome pejorativo, disse que naquela pedra ou perto da
pedra iria trabalhar. Achou o lugar tri-legal. Mas precisava pegar uma barca ou
atravessar a ponte. Parou na pastelaria da Praça XV e disse: qualé do teu
pastel! O balconista chinês ou coreano, não entendeu nada.
Comprou um cacetinho com
matambre, na responsa, e encheu o buxo. Pegou a xerenga da bolsa, e comprou uns
tarecos. E a prenda resolveu alugar uma baia, pela redondeza do Largo do
Machado; cursar uma faculdade de teatro bem ali pertinho, a caminho do Pão de
Açúcar, lá para as bandas da Urca. A gaúcha que perdeu os butiás do bolso,
ainda anda perdida pelas ruas do Catete. Mas lembrou das dicas do Rei Momo. Não
perdeu tempo para ver a banda passar, cada dia era um bloco e uma fantasia. Por
pouco não vai para a Banda de Ipanema, ou da Barata Ribeiro. Mas tem medo de
túnel, prefere o circuito Catete - Laranjeiras – Cosme Velho, quem sabe talvez,
no Suvaco do Cristo. E a última vez que foi vista estava em um bloco
carnavalesco fechando o carnaval na quarta-feira de cinzas, pelas ruas do
Catete.
Desistiu de procurar seus
butiás perdidos. Agora procura pelas redondezas onde ainda há um restico de
mata, um pé do fruto de nome butiá, que fica bom na cachaça. Já não tem certeza
de encontrar seus rastros deixados pelas estradas. E o povo de Porto já alertou
os gansos. Mandou o bilhete de passagem paga, para ela voltar. O ônibus já parou
no Catete esperando um embarque, cumprindo o desejo e a promessa no slogan. Vá
e venha pela Penha. O motorista já está com o pé no estribo. Mas parece que ela
não quer voltar, vai ficar esperando o próximo bloco passar.
Da vida de tropeiro andando
pelos caminhos, com a guaiaca na cintura, agora é sambando que segue a tropa
que passa na sua porta, julgando ser uma porteira na portaria, com um menino a
acenar.
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Em RN 07/03/16
por
Roberto
Cardoso (Maracajá)
Branded Content (produtor de conteúdo)
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Jornalista
Científico
FAPERN/UFRN/CNPq
Texto
publicado em:
sábado, 5 de março de 2016
Lugar de mulher é na cozinha
Lugar
de mulher é na cozinha.
PDF 588
No mês da mulher, cabe lembrar
e relembrar uma ideia, que alguns chamam de grosseira ou machista. Lugar de
mulher é na cozinha. O ambiente onde deve imperar o asseio, a organização e a
limpeza, um ambiente arrumado, organizado e higienizado. A cozinha é o local
mais equipado de uma casa, o local ideal para uma mulher ficar horas durante o
dia. A opção e o local de demostrar seus dotes e seus conhecimentos: mulher, mãe
e esposa; dona de casa e enfermeira.
Em uma cozinha podemos
encontrar desde os tempos antigos, fogões e panelas. As cozinhas evoluíram e
ganharam uma pia com agua encanada, algumas até aquecidas, possibilitando lavar
as panelas, que antes podiam ser lavadas em um tanque do lado de fora. Ainda
que se usasse uma alavanca ou uma manivela, para a agua chegar em um tanque ou
uma pia. Nas cozinhas rusticas ou improvisadas, antigas ou humildes, ainda se
lavam os utensílios em improvisadas bacias.
Inicialmente as cozinhas não
tinham portas ou janelas, não tinham teto ou parede. Era com uma fogueira cercada
e protegida por algumas pedras e com algumas panelas, que as comidas eram
preparadas dentro de uma caverna ou em um campo aberto, protegido do vento. Cozinhando
caças e coisas catadas. Caçadores com armas e apetrechos.
O ato de cozinhar criou a
cozinha, primeiro com chá, café e chocolate. Comidas com condimentos: cúrcuma,
colorau e cominho. Com copos, canecas, cuias, colheres e chaleiras; com carvão
e cinzas, criou-se a cozinha. Um cárcere, uma cadeia, a partir de uma caverna,
um condicionamento. A mulher que não saía da caverna para caçar ou catar
alimentos, restou-lhe a cozinha, para preparar os alimentos que outros iam
buscar. E assim criou-se uma casa e um lar.
Com a construção das casas, um
espaço foi reservado para ser a cozinha, ganhando tetos e paredes. E um espaço na
cozinha, denominou-se como a dispensa, antes de existirem os armários. Peças de
carne ou salgados, foram pendurados acima do fogão, criando os alpendres com os
defumados. Alimentos frescos ficaram junto aos potes onde era armazenada a
agua.
Hoje podemos encontrar em uma
cozinha a evolução da fogueira, que passou a ser o fogão a lenha, depois a
carvão. Usou-se também o querosene. Hoje em uma cozinha encontramos o forno e
fogão a gás, O micro-ondas e o forno elétrico. Algumas cozinhas ainda podem
preservar o forno e o fogão a lenha, como espaço bucólico de arte e lazer. O
espaço gourmet ficou do lado de fora. Surgem agora as panelas elétricas, que
podem ir direto para a mesa. A cozinha sobre a mesa na sala de jantar. Cada um
pode preparar seu próprio alimento com chapas elétricas. A lembrança da fondue,
que surgiu no meio rural com diversas sobras de queijos e lascas de pão e o
povo em volta da mesa, lembrando as antigas fogueiras.
Além da dispensa e dos
armários para guardar os alimentos ainda não preparados, surgiram o freezer e a
geladeira. E alimentos prontos também puderam ser estocados. E na cozinha
podemos encontrar, alimentos estocados, alimentos prontos, quase prontos e
preparados, alimentos secos, em conservas ou in natura. Alimentos para serem
preparados e alimentos prontos para serem consumidos. Um local ideal, sem
precisar caçar ou pescar, tudo ali está armazenado. A caça e a pesca, bem como
a coleta de grãos, frutos e sementes, agora é no supermercado. Basta tem uma
arma ou um instrumento na bolsa ou na carteira, em espécie ou de plástico.
Com o aumento dos utensílios,
pratos, talheres e panelas. Chegaram as baterias, as pratarias e as baixelas.
Aparelhos de chá e de jantar. Conjuntos para lanches e pizzas. Conjuntos de
taças e copos diversos. Aumentando o volume de louças e equipamentos para sujar
e lavar, surgiu a máquina de lavar louças e outros apetrechos. Sabões,
detergentes, esponjas e esfregões sempre estiveram perto e à mão. Normalmente
junto a pia, e até um par de pias.
Em uma cozinha podemos
encontrar uma diversidade de líquidos. Desde a agua em cabaça ou moringa. De
poço, de açude ou de cacimba; encanada de rua ou mineral. Envasadas em potes
plásticos ou em garrafas e garrafões. Natural ou gasosa. Agua em filtro de barro
e filtros que gelam a agua. Purificadores e ozonizadores. Com temperaturas
diversas desde ao natural, passando pela fresca e chegando a gelada e congelada.
Panelas e chaleiras em ebulição liberam agua em estado gasoso. Na cozinha
encontramos a água nos três estados da matéria: sólido, liquido e gasoso. E as
suas transformações: evaporação, condensação e sublimação. Encontramos também
líquidos aditivados e com sabores, no modelo de sucos e refrescos; cervejas ou
refrigerantes. PET, one way ou retornável; reciclável e descartável. A cozinha
como um oásis. Com direito a visagens e alucinações.
A cozinha já foi a entrada da
casa, perdeu status e foi para os fundos. Sendo a entrada era possível ver e
avistar quem chegava. Indo para os fundos perdia o contato com a rua. Com a
evolução da tecnologia a cozinha começou a ter contato com o mundo,
restabelecendo o elo perdido. Primeiro foi a campainha, avisando que alguém
está na porta, que evoluiu para o interfone, alguns com câmeras, identificando
visualmente a visita. A evolução da janelinha da porta e do olho mágico, usado
por muito tempo na sala, a entrada principal. O telefone tem identificador de
chamada, um conjunto de olho magico e janelinha, antes de atender a chamada ou
o toque da companhia.
Com uma mesa e uma cadeira na
cozinha é possível comer, escrever, sentar e descansar, e até tirar um cochilo.
Assistir TV e zapear. A mesa e a cadeira não só facilitam os afazeres de uma
cozinha, como também permitem realizar outras tarefas que não fazem parte das
tarefas de uma cozinha. Como escrever cartas e fazer o dever de casa marcados
pelo colégio ou faculdade. Vigiar os filhos nas tarefas escolares. Ler um livro
ou uma revista. Com um notebook é possível ler e enviar e-mails. Dar uma volta
pela internet enquanto a agua não ferve. O apito da chaleira, e o som da panela
de pressão, ou o relógio do fogão, dá um sinal, que é preciso desconectar,
ficar em stand by, ou oculto na rede. E os olhos se viram para o relógio na parede.
Um local para o rádio foi
adicionado, espaço para o AM e o FM. Alguns com toca-fitas, chegando ao tocador
de CDs. E chegou a televisão, saindo da sala, também querendo um espaço na
cozinha, antes eram pequenas, agora em pequenas paredes encontramos as de LED
ou LCD, marcando seu espaço na cozinha. O quadro de força e luz, costuma ser no
local ou bem perto, facilitando alguma emergência. O estojo de remédios ou
pronto socorro também está perto. Já existem inclusive os extintores domésticos.
Saída de serviço, com acesso as escadas e elevadores. A mulher como dona da
casa e rainha do lar foi montando e equipando o seu espaço. Um local
estratégico, lembranças dos tempos de bruxas. A possibilidade dos usos dos
caldeirões, com vista para floresta, de onde vinham os ingredientes e seus
clientes. A casa é controlada a partir da cozinha.
A cozinha atual se transformou
em espaço multifuncional, com água e comida, rádio e televisão. Telefone fixo e
celular. Algumas possuem adegas, inclusive das climatizadas. Com a última
geração de telefones móveis, o computador vem ganhado espaço, no local onde há
possibilidade de ficar um bom espaço de tempo no decorrer do dia. A cozinha
oferece casa, comida e roupa lavada. Com direito a alimentação e
entretenimento. Ninguém está sozinho na cozinha, está em contato com vizinhos e
parentes, e conectado com o mundo.
Existem cozinhas que também
possuem um espaço reservado para taboa de passar roupa e máquina de costura,
talvez um tear. O tanque de roupas e a máquina de lavar roupas também estão bem
próximos, algumas vezes separados pela metade de uma parede, e sem porta.
Algumas cozinhas podem ter até um ventilador, para as horas quando faz mais
calor, com o forno aceso e com a tarefa de passar e engomar roupas. Ainda não
inventaram um lugar para o ar condicionado, que entraria em atrito e conflito com
o calor produzido pelo forno e o pelo fogão. Brigariam por ambientes quentes ou
frios. A legislação sanitária e de engenharia não permite o banheiro junto a
cozinha, caso contrário ele estaria presente.
Caso a mulher reclame de ficar
muito tempo na cozinha, a estratégia é começar a retirar os equipamentos que
ocupam o espaço. Deixando a cozinha para a única função que foi idealizada e
construída, a preparação da comida. Não importando a responsabilidade da
execução da tarefa. Homem ou mulher, parente ou amigo, morador ou empregado.
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