Drika
das Artes
A arte de ver, rever e prever
conceitos; arte de cantar e versar. Arte de discutir e escrever preceitos e preconceitos. Descrever e desconceituar. Arte de rever
conceitos e atitudes do pré-conceitual. Seitas e receitas. Colocar em pratica o
não preconceito, não conceituar antes de conhecer e investigar. Múltiplas
artes, requerem algumas pesquisas e múltiplas visões. Colégios imaculados e
caminhos de conceições.
As artes de desconceituar visões
e interpretações, destacar as transparências da alma branca. Enxergar o branco
como cor, como conjunto de todas as cores, tal como Newton com seu disco colorido,
em revoluções. A arte de enxergar o negro como cor, como ausência de todas as cores,
e ausência de denominados preconceitos, preconcebidos e pré-encarcerados.
Dos conceitos físicos da ótica
fez sua metafisica em prosa e poesia. Uma poesia que se tornou canção, com
instrumentos de cordas e percussão. Formou um trio nordestino, sem triângulo,
mas com três partes: alma, corpo e mente; som, tom e emoção; caixa, voz e
violão. Três o número de base para um equilíbrio, do sólido, do liquido e do
gasoso; da terra, da água e do ar.
Dos quatro elementos,
dedicou-se a água e o vento, pisou na terra, destituiu o fogo, da arma e da
guerra. A água e o vento que determinam a condição mundial, no momento atual. A
sociedade liquida que tanto se fala, com as misturas de informações e ideias
vindas de todos os lados, misturando-se e incorporando-se umas às outras. A
informação chega como um vento, sem precisar direções de onde vem, e para onde
vai. As misturas dos líquidos da agua salgada do mar, das aguas doces dos rios.
Aguas doces que carreiam sais das terras, e estarão mais em destaque no mar. Os
rios ensinaram aos que moravam no interior, o caminho do mar. Moradias de
Netuno e Iemanjá.
No mar o homem procurou novos
caminhos com o impulso do vento. A agua da vida, a agua contida nos corpos, o
liquido da seiva. Os rios e os riachos que cortam e cruzam as terras, veias e
artérias que cruzam e cortam os corpos. Todos agora representados em um copo
sobre a mesa. O copo transparente, tal como o ar e o vento, que escondem
pensamentos. Das nascentes de um rio, as nascentes das ideias e pensamentos.
Com novos afluentes laterais, o rio principal se avoluma em seu caminho em
direção ao mar. Com novas ideias vindas da esquerda e da direita, constrói-se o
conhecimento, em direção a um caminho. Na terra, no mar, e no ar.
Ao longo da história da
humanidade, o homem reuniu-se e uniu-se em povos, grupos e países. Com pares criou
famílias. Fez alianças para enfrentar aqueles que poderiam lhe intimidar;
arengar e achinchelar; açoitar e a acochar; aqui, ali e acolá. Agora vemos uma
reunião global. Novas alianças são criadas entre as pluralidades, diversidades
e minorias. As cidades constroem espaços e acessos onde todos possam ter o seu
espaço, seu acesso, para andar e caminhar. Uma convivência mutua não importando
a condição e a companhia; cor, raça ou alforria.
Poesias que lembram o negro da
noite, com o branco do luar. E a brancura das espumas do mar. Palavras doces
são lançadas na água salgada do mar. Drika chegou para doar-te, música e
poesia, a lembrança e relembrança do homem primitivo, que entrava em contato
com o céu, com o mundo invisível, dançando e cantando, versos e poesias, o
religare, o culto e o religioso. Ao som de instrumentos de cordas, ainda
vocais, e instrumentos primitivos de percussão.
Com o tempo o culto separou-se
do religioso, e formaram separações, entre os cultos e os religiosos, a ciência
e a religião. Os cultos saíram das igrejas. Do ensinamento nas igrejas surgiram
universidades e faculdades, a cruz tornou-se a espada. De capelo e beca, como
um soldado formado e juramentado, o canudo do bacharelado, o poder em suas mãos;
os cavalheiros aculturados.
Sem cor, sem credo, sem idioma
ou nação. Na numerologia escolheu o número cinco, das vogais, dos dedos das
mãos, e dos dedos dos pés; do fazer e do caminhar. Linhagens das deusas Adris e
Anas. De um nome de sete letras reduziu
e condensou em cinco. Na tal cidade com cinco letras, que lembra nascimento e
renascimento, que outrora já teve um poeta em cada rua, e em cada esquina um
jornal. Cidade de portas abertas para ações múltiplas, políticas e militares: invasões
e ocupações, migrações e imigrações. Em um estado em que o contorno geográfico
lembra um elefante, símbolo sagrado e místico no oriente, o lugar do sol
nascente.
Com ideias místicas e holísticas,
no meio de brumas e espumas, escreveu livros, fez uma apresentação. Em uma 5ª
Feira, na livraria de nome com cinco letras, que lembra o prêmio internacional da
Paz. Ali ela juntou, idiomas, países e religiões. E deixou sua aura estampada
na parede, em línguas universais: Drika da Arte, Drika de Arte, Drika di Arte,
Drika do Arte, Drika Du Arte.
Natal/RN, 19/06/15
Texto disponível originalmente:
http://www.publikador.com/cultura/maracaja/2015/06/drika-das-artes/
Roberto
Cardoso
Roberto Cardoso (Maracajá)Desenvolvedor de Komunikologia
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Escritor: CMEC/FUNCARTE. Natal/RN
IHGRN- INRG
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