sexta-feira, 19 de junho de 2015

Drika das Artes


Drika das Artes

 


A arte de ver, rever e prever conceitos; arte de cantar e versar. Arte de discutir e escrever preceitos e preconceitos.  Descrever e desconceituar. Arte de rever conceitos e atitudes do pré-conceitual. Seitas e receitas. Colocar em pratica o não preconceito, não conceituar antes de conhecer e investigar. Múltiplas artes, requerem algumas pesquisas e múltiplas visões. Colégios imaculados e caminhos de conceições.

As artes de desconceituar visões e interpretações, destacar as transparências da alma branca. Enxergar o branco como cor, como conjunto de todas as cores, tal como Newton com seu disco colorido, em revoluções. A arte de enxergar o negro como cor, como ausência de todas as cores, e ausência de denominados preconceitos, preconcebidos e pré-encarcerados.

Dos conceitos físicos da ótica fez sua metafisica em prosa e poesia. Uma poesia que se tornou canção, com instrumentos de cordas e percussão. Formou um trio nordestino, sem triângulo, mas com três partes: alma, corpo e mente; som, tom e emoção; caixa, voz e violão. Três o número de base para um equilíbrio, do sólido, do liquido e do gasoso; da terra, da água e do ar.

Dos quatro elementos, dedicou-se a água e o vento, pisou na terra, destituiu o fogo, da arma e da guerra. A água e o vento que determinam a condição mundial, no momento atual. A sociedade liquida que tanto se fala, com as misturas de informações e ideias vindas de todos os lados, misturando-se e incorporando-se umas às outras. A informação chega como um vento, sem precisar direções de onde vem, e para onde vai. As misturas dos líquidos da agua salgada do mar, das aguas doces dos rios. Aguas doces que carreiam sais das terras, e estarão mais em destaque no mar. Os rios ensinaram aos que moravam no interior, o caminho do mar. Moradias de Netuno e Iemanjá.

No mar o homem procurou novos caminhos com o impulso do vento. A agua da vida, a agua contida nos corpos, o liquido da seiva. Os rios e os riachos que cortam e cruzam as terras, veias e artérias que cruzam e cortam os corpos. Todos agora representados em um copo sobre a mesa. O copo transparente, tal como o ar e o vento, que escondem pensamentos. Das nascentes de um rio, as nascentes das ideias e pensamentos. Com novos afluentes laterais, o rio principal se avoluma em seu caminho em direção ao mar. Com novas ideias vindas da esquerda e da direita, constrói-se o conhecimento, em direção a um caminho. Na terra, no mar, e no ar.

Ao longo da história da humanidade, o homem reuniu-se e uniu-se em povos, grupos e países. Com pares criou famílias. Fez alianças para enfrentar aqueles que poderiam lhe intimidar; arengar e achinchelar; açoitar e a acochar; aqui, ali e acolá. Agora vemos uma reunião global. Novas alianças são criadas entre as pluralidades, diversidades e minorias. As cidades constroem espaços e acessos onde todos possam ter o seu espaço, seu acesso, para andar e caminhar. Uma convivência mutua não importando a condição e a companhia; cor, raça ou alforria.

Poesias que lembram o negro da noite, com o branco do luar. E a brancura das espumas do mar. Palavras doces são lançadas na água salgada do mar. Drika chegou para doar-te, música e poesia, a lembrança e relembrança do homem primitivo, que entrava em contato com o céu, com o mundo invisível, dançando e cantando, versos e poesias, o religare, o culto e o religioso. Ao som de instrumentos de cordas, ainda vocais, e instrumentos primitivos de percussão.

Com o tempo o culto separou-se do religioso, e formaram separações, entre os cultos e os religiosos, a ciência e a religião. Os cultos saíram das igrejas. Do ensinamento nas igrejas surgiram universidades e faculdades, a cruz tornou-se a espada. De capelo e beca, como um soldado formado e juramentado, o canudo do bacharelado, o poder em suas mãos; os cavalheiros aculturados.

Sem cor, sem credo, sem idioma ou nação. Na numerologia escolheu o número cinco, das vogais, dos dedos das mãos, e dos dedos dos pés; do fazer e do caminhar. Linhagens das deusas Adris e Anas.  De um nome de sete letras reduziu e condensou em cinco. Na tal cidade com cinco letras, que lembra nascimento e renascimento, que outrora já teve um poeta em cada rua, e em cada esquina um jornal. Cidade de portas abertas para ações múltiplas, políticas e militares: invasões e ocupações, migrações e imigrações. Em um estado em que o contorno geográfico lembra um elefante, símbolo sagrado e místico no oriente, o lugar do sol nascente.

Com ideias místicas e holísticas, no meio de brumas e espumas, escreveu livros, fez uma apresentação. Em uma 5ª Feira, na livraria de nome com cinco letras, que lembra o prêmio internacional da Paz. Ali ela juntou, idiomas, países e religiões. E deixou sua aura estampada na parede, em línguas universais: Drika da Arte, Drika de Arte, Drika di Arte, Drika do Arte, Drika Du Arte.

 

Natal/RN, 19/06/15

Texto disponível originalmente:

http://www.publikador.com/cultura/maracaja/2015/06/drika-das-artes/

 
Roberto Cardoso
Roberto Cardoso (Maracajá)
Desenvolvedor de Komunikologia
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Escritor: CMEC/FUNCARTE. Natal/RN
IHGRN- INRG

 

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