As patricinhas de
Salt Lake City
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No estilo das patricinhas de
Beverly Hills, “As patricinhas de Salt Lake City”, ou as gafeiras de Lagoa
Salgada. E até as arengueiras de Candelária.
Observar o Rio Grande do Norte
(RN) é fazer uma viagem no espaço e no tempo.
Um lugar repleto de culturas e influencias. A ponta do Brasil e entrada do
continente, um lugar de passagem para quem chegava ou partia, com as eras de
navegações aéreas ou marítimas. Tentou por algum tempo, ser a saída para o
espaço, com a instalação da Barreira do Inferno, onde dizem que, quem atendia o
telefone era o sargento Jesus.
Viagens e ideias permitidas
pelo rádio e televisão. Conversas nas ruas e esquinas, e nas redes sociais. Estórias
e histórias de livros, folhetos e revistas. Vestígios, elementos, fatos sociais,
históricos e geográficos, podem ser observados entre mesclados e misturados de
situações, fatos e pessoas. Um estado mais conhecido por duas letras: RN, a
sigla da unidade da federação. O ponto geográfico do continente, ou do pais,
como ponto de apoio marítimo ou da aviação. A localização geográfica excelente
para quem vem de outro continente. Estrangeiros juram que é interessante ser um
HUB, para seus próprios interesses, enquanto caiçaras que vivem do rio ou do
vento, ficam acenando, para os que partem ou querem uma vaga no estacionamento.
A situação geográfica permitiu
inúmeras influencias, prejudicando uma criação de uma identidade própria,
criando uma identidade múltipla, com europeus e americanos. Ruas numeradas estão
presentes até hoje no linguajar de Natal/RN. A herança americanizada, para
descobrir onde estavam perdidos seus soldados, os de Parnamirim Feeld.
Algumas histórias já foram
contatas, na tentativa de entender ou descrever o espaço. Primeiro foi a Dicotomia
Natalense, observando estudantes tentarem atravessar uma avenida, onde os carros
não oferecem um espaço, ou uma brecha na via, contrapondo com o espaço que as
universidades localizadas do outro lado, têm ofertado aos estudantes. Depois
foi a Batalha na Avenida Roberto Freire, como um espaço geográfico de batalhas
atuais, quando holandeses e portugueses travam uma batalha nas conquistas de
estudantes, em busca de um canudo cada vez mais desvalorizado. O conhecimento
está literalmente na palma da mão.
E posteriormente foi descrito
uma nova versão de um elefante, um paquiderme norte-rio-grandense com o
Elephante de Shiva. Também já foi descrita a estratégia de Sant Exupéry, que ao
escrever o Pequeno Príncipe inverteu o que viu. Exupéry foi um aviador, do
correio aéreo postal, e entre voos e mapas percebeu a semelhança de um elefante
com o mapa do RN, como também percebeu o Rio Potengi serpenteando o estado, por
dentro do elefante. Inverteu o que viu, e colocou em sua história, um elefante
dentro de uma cobra. Uma estratégia de tirar o chapéu, a licença literária da
visão geográfica.
Mas voltando para “As
patricinhas de Salt Lake City”, ou Lagoa Salgada. Duas patricinhas já haviam
sido identificadas, quando foi descrita a nova batalha na antiga estrada de Ponta
Negra, que agora tem título de avenida: Dany e Milka. E agora observando as
redes sociais, observando diálogos, depoimentos e comportamentos, mais duas
patricinhas foram identificadas: Paty e Andy.
Paty e Andy são amigas de um
curso secundário, no século passado. Duas brocoiós, uma de Jucurutu e outra de
Riachuelo. E entre brincadeiras e disputas, criaram um vocabulário próprio,
para fazer batalhas entre as duas arengueiras, ou as duas gafeiras. Talvez seja
um grupo, com comedoras de jerimum ou catadoras de aratu. Criaram um linguajar
próprio, como estratégias de corrigir ou inibir comportamentos de uma ou de
outra, e até mais outras. Criaram o termo gafeira, como o ato de quem comete
uma gafe. E até hoje usam o termo consigo, com suas selfies e suas mugangas, estando
com a moléstia, merendando um pão doce com caldo de cana, até ficarem
empachadas, em alguma cigarreira.
Em 15/01/16
Roberto
Cardoso “Maracajá”
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